As doenças ocupacionais — ou seja, aquelas que são ligadas ao ofício e às funções em um trabalho específico — configuram um problema que tem demandado cada vez mais atenção. Movimentos repetitivos ou ambientes insalubres são algumas das principais razões para o desenvolvimento delas. Um dos exemplos mais comuns é, sem dúvidas, o DORT.
O distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT) é um problema que afeta muitos brasileiros e está, como o próprio nome já indica, relacionado aos movimentos e tarefas executados durante o período de trabalho.
Mas afinal, o que é esse problema? Quais são as áreas do corpo mais afetadas por ele? Como as empresas podem ajudar na prevenção desse tipo de situação? A seguir, conversaremos sobre todos esses pontos e tiraremos as principais dúvidas sobre o assunto. Boa leitura!
O que é DORT?
O DORT (assim como a LER, ou seja, a lesão do esforço repetitivo) são problemas caracterizados por lesões que afetam estruturas como os nervos e os tendões de nosso corpo.
A principal diferença entre os dois termos está no seu local de ocorrência. Em outras palavras, portanto, podemos afirmar que todo DORT é um tipo específico de LER, mas que ocorre exclusivamente devido a esforços repetitivos causados por atividades de trabalho.
DORT: Quais são as principais causas para o problema?
Como vimos anteriormente, o DORT é um problema que ocorre de maneira exclusiva no ambiente profissional. Por conta disso, ela afeta trabalhadores de diversas áreas, que realizam movimentos repetidos em seus ofícios.
Além desses movimentos, outras causas podem contribuir para o aparecimento do problema. Elas incluem:
- baixo preparo físico;
- postura inadequada;
- ausência de aquecimento muscular;
- falta de descanso;
- ausência de cuidados ergonômicos.
Um ou mais fatores citados acima pode contribuir negativamente para o surgimento do problema.
DORT: Como é feito o diagnóstico?
De maneira geral, o diagnóstico é realizado durante uma consulta, na qual o médico avaliará os sintomas e o histórico clínico do trabalhador, além de exames complementares.
Os principais testes utilizados no diagnóstico são os de imagem, como o raio x, a ultrassonografia e até mesmo a ressonância magnética. A partir dos achados, é possível determinar o que causou o problema, a extensão do dano causado e também traçar uma rota terapêutica para aliviar os sintomas e, possivelmente, curar a lesão.
Quais medidas preventivas devem ser tomadas pelas empresas?
De modo geral, podemos afirmar que alguns cuidados simples em uma empresa podem fazer toda a diferença na prevenção do aparecimento do DORT entre os seus colaboradores.
O primeiro — e fundamental — cuidado é a atenção especial com a ergonomia. A partir de políticas bem-feitas nesse quesito, é possível reduzir drasticamente os danos nos músculos e tendões dos funcionários.
Outro ponto interessante é a instauração da ginástica laboral e do alongamento antes do início das tarefas, além da criação de pausas mais frequentes para o relaxamento dos músculos. O uso de EPIs é outro ponto que não deve, jamais, ser deixado de lado.
Como podemos observar, o DORT é um problema que traz bastante desconforto e queda na qualidade de vida dos pacientes acometidos. Felizmente, a sua prevenção é possível, desde que alguns cuidados sejam tomados pelos empregadores e pelos próprios funcionários.
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