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O que é e como controlar a doença?

De perfil silencioso, esta doença é muito comum no Brasil. Saiba mais

Você provavelmente já ouviu falar sobre a hipertensão – também conhecida como pressão alta. Afinal, trata-se de uma doença muito comum na população brasileira, e você certamente conhece alguém hipertenso. Mas será que sabe tudo sobre a doença? Continue a leitura e descubra o quanto você sabe.

O que é hipertensão?

Um caso de hipertensão ocorre quando os níveis de pressão arterial são elevados e superam a marca de 140 x 90 mmHg (milímetro de mercúrio) – popularmente conhecido como pressão 14/9. Nessa medição, o primeiro número diz respeito à contração do coração e o segundo ao movimento da diástole, que ocorre no relaxamento do coração.

A doença é uma das principais causas de morte no Brasil e atinge grande parte da população. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, no ano de 2019 cerca de 24% dos brasileiros acima de 18 anos apresentavam quadros de hipertensão. Já para as pessoas entre 60 e 65 anos, esse número chega a 47%. Além disso, pelo menos seis a cada dez pessoas acima de 75 anos são hipertensas. A hipertensão pode surgir em dois cenários, tendo origem genética ou decorrente de problemas de saúde, como doenças renais, supra renais e da tireoide.

A hipertensão é uma doença silenciosa. Por quê?

Apesar de apresentar alguns sintomas característicos, a hipertensão é, em muitos casos, silenciosa, manifestando-se apenas em estágios já avançados. Alguns sinais de alerta são tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça recorrente e visão alterada. Porém, por serem sintomas que também aparecem em outras doenças, muitos hipertensos demoram a chegar ao diagnóstico correto.

Tal configuração é preocupante. As principais complicações da pressão alta são o AVC (derrame cerebral), infarto e doença renal crônica. Outra complicação que a hipertensão pode gerar é a arritmia cardíaca, que ocorre quando há uma hipertrofia (aumento) do músculo do coração.

O que pode influenciar a pressão arterial?

Os fatores mais comuns que influenciam a pressão arterial são, entre outros, obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento. Alguns, como sobrepeso e obesidade, podem acelerar a manifestação da doença em até 10 anos. Além disso, consumir sal em excesso e não cultivar bons hábitos alimentares também podem colaborar para os casos de hipertensão.

É necessário medir a pressão em casa todos os dias?

Pelo fato da hipertensão ser, muitas vezes, silenciosa, é muito importante a medição constante da pressão arterial. Porém, engana-se quem acredita que é necessário medir diariamente – a frequência vai variar caso a caso, de acordo com o perfil do paciente.

Por exemplo, para pessoas que apresentam uma pressão de 12/08, uma aferição anual é suficiente. Para casos em que a pressão chega a 14/09, o recomendado é uma vez a cada 6 meses. Para casos em que a pressão ultrapassa 14/09, é indicada uma frequência maior, a ser determinada por um médico especializado.

O melhor cenário é que as idas ao consultório sejam realizadas de forma rotineira, garantindo, assim, o controle da doença. Em alguns casos, quando o quadro do paciente é considerado mais sensível, é possível que o médico solicite que o paciente faça as aferições em casa.

Quando a pressão é considerada alta?

Como mencionamos no início do artigo, para ser considerada alta, a pressão precisa ter um valor igual ou maior a 14/9mmHg. Esse número mostra uma maior tensão exercida nos vasos sanguíneos do indivíduo, daí o nome “hipertensão”..

Vale reforçar que os níveis aceitáveis de pressão mudam de acordo com características como idade e gênero.

Na infância, fatores como idade, peso, sexo e altura determinam os valores da pressão, sendo comum a medição em crianças a partir de 1 ano de idade. Nesses casos, o pediatra é o médico responsável por medir e verificar se os números estão dentro do padrão. Para esse público, é recomendado que a pressão fique abaixo de:

  • 110/75 mmHg, para crianças até 6 anos
  • 120/80 mmHg, de 6 a 10 anos
  • 125/85 mmHg, de 10 a 14 anos
  • 135/90 mmHg, de 14 a 18 anos.

Já para o público acima de 60 anos, a pressão pode vir a apresentar uma elevação quando comparada ao valor ideal. Isso se deve ao enrijecimento das artérias com o passar do tempo. Porém, de uma forma geral, para esse público é recomendado que os valores não ultrapassem a marca de 134/84 mmHg para as mulheres e 135/88 mmHg para os homens.

Tem diferença entre a pressão do homem e a da mulher?

Ainda falando sobre públicos, sim, a questão do gênero influencia no que é considerado pressão alta. Quando comparados, mesmo com a mesma idade e hábitos similares, os homens costumam apresentar, naturalmente, uma pressão mais elevada que a das mulheres.

Mas, qual o motivo disso? Uma das variáveis que interferem na pressão arterial é a massa corporal: quanto maior a área a ser irrigada no corpo, mais força o coração fará para fazer o sangue chegar até onde precisa.

Sendo assim, a pressão média para uma mulher na faixa de idade entre 46 e 49 anos é de 124/83 mmHg, enquanto que para um homem na mesma faixa de idade o valor é de 127/84 mmHg.

Mas afinal, como controlar a pressão?

Na maior parte dos casos, a hipertensão é uma doença que não tem cura. A boa notícia é que ela pode ser controlada por meio de atitudes e mudanças de hábitos no dia a dia, muitas vezes evitando ou dispensando o uso de medicamentos.

Para controlar a pressão arterial, recomendam-se ações como:

  • controle do peso corporal;
  • adoção de hábitos alimentares saudáveis e evitar alimentos gordurosos;
  • evitar o consumo excessivo do sal;
  • evitar o hábito de fumar;
  • evitar o sedentarismo;
  • consumir álcool com moderação; e
  • controle do diabetes.

Todos os planos de saúde devem cobrir consultas com o cardiologista, especialidade que faz parte do rol mínimo de procedimentos da ANS.  Lembre-se de consultar um médico periodicamente e informar seu histórico familiar, especialmente se houver casos de hipertensão na família. 

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