Saiba o que está acontecendo
Um dos avanços mais esperadas pela população mundial atualmente é a vacina contra o coronavírus. Saber quando ela estará finalmente disponível é uma grande interrogação à espera de respostas.
A boa notícia é que existe uma corrida entre países para que uma fórmula eficiente contra o vírus da Covid-19 seja desenvolvida em um curto espaço de tempo. Para saber mais a respeito dos estudos sobre a vacina no Brasil e no mundo continue a leitura e atualize-se.
Estudos no Brasil e no Mundo
Cientistas de vários países se empenham para encontrar uma solução contra o coronavírus em tempo recorde. Até o final do mês de julho deste ano, a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) registrava ao menos 164 pesquisas de vacina em desenvolvimento pelo mundo.
Dessas, 25 vacinas se encontram em estágio mais avançado de testes, com testagem em humanos, sendo trabalhadas em países como China, Reino Unido, Estados Unidos, Índia, Austrália, Alemanha, Rússia e Japão.
Algumas delas estão na frente dessa corrida e já entraram na última etapa de testes (fase 3), chegando cada vez mais perto de ser licenciada e liberada para comercialização.
Vacina de Oxford
Uma das vacinas mais promissoras, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) está sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. No final de julho, foram divulgados artigos científicos confirmando a eficácia da fórmula contra a COVID-19, que gerou imunização contra o novo coronavírus entre os voluntários testados.
Porém, para ser realmente considerada apta para distribuição, é necessário passar pela fase 3 de testagem. Após a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Brasil tornou-se um dos países que estão testando a vacina.
Vacina CoronaVac
Desenvolvida pela chinesa Sinovac, a CoronaVac utiliza uma promissora tecnologia já aplicada em outras vacinas. O laboratório realizou testes positivos em macacos, começou a testar em humanos na China e, em julho, começou uma testagem no Brasil. O estudo conta com a coordenação do Instituto Butantã, em São Paulo, e trabalha com 20 mil doses da vacina.
Vacina Moderna
A candidata americana está sendo desenvolvida pela farmacêutica Moderna e foi a primeira a ser testada em humanos na corrida pela cura do coronavírus. Depois da divulgação de que sua fórmula é segura e gerou respostas de imunização ao vírus, a vacina entrou na fase final de testes no final do mês de julho.
Vacina Sinopharm
Mais uma vacina que se encontra em estágios avançados de testes é a desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinopharm. Ela também deve ser testada em brasileiros em breve, se o experimento for aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em caso afirmativo, o estado do Paraná deve ser o escolhido para receber as doses para testes.
Vacina Pfizer/BioNTech
As vacinas desenvolvidas pela farmacêutica Pfizer e pela empresa alemã BioNTech estão testando, simultaneamente, as fases 2 e 3. O estudo, realizado inicialmente nos Estados Unidos, deve testar cerca de 30 mil pessoas entre 18 e 85 anos. Outros países devem entrar na fase de teste, entre eles, o Brasil.
Existem candidatas brasileiras?
O Brasil também está desenvolvendo vacinas contra o coronavírus. Com o objetivo de criar uma vacina que possa ser distribuída pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais (Fiocruz Minas) e o Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP devem iniciar testes de vacinas brasileiras dentro de alguns meses.
Brasil e a testagem de vacinas
Ser um dos países líderes em nível de contágio da COVID-19 torna o Brasil um dos principais candidatos para testagem de vacinas do mundo inteiro. Além da possibilidade de salvar mais vidas com uma vacina eficiente, é mais fácil identificar o resultado de uma possível fórmula quando a curva de infecções segue crescendo.
Mas afinal, como se produz a vacina contra o coronavírus?
O desenvolvimento de uma vacina demanda um procedimento rígido com altos padrões de qualidade e protocolos éticos. Para ter um resultado aprovado, ela precisa passar por pesquisa inicial, testes em animais, testes em humanos e, ao final desse processo, ser avaliada pelas agências reguladoras.
O primeiro passo é a identificação do agente causador da doença, que, no caso da COVID-19, é o coronavírus. Em segundo lugar, a fórmula usa o vírus inativo e fragmentado com a finalidade de produzir antígenos que estimulam o corpo na produção de anticorpos. O terceiro passo é realizar testes teste em animais, como ratos e macacos, até chegar à testagem clínica em humanos, que é a mais importante e composta por 3 fases.
Na fase 1, pequenos grupos de voluntários adultos e saudáveis são testados. Na fase 2, há uma maior amostragem e inclusão de representantes da população-alvo, com foco em descobrir se a vacina é segura e, de fato, causa alguma imunidade.
Na fase 3 a testagem é realizada em um grupo ainda maior para comprovar a eficácia da vacina, tentando provar que ela é capaz de proteger as pessoas sem causar – ou causando o mínimo possível – de reações.
Apenas depois de passar por todo o processo com sucesso a vacina é submetida às autoridades regulatórias para ser produzida em larga escala e com controle de qualidade.
Quando a vacina contra o coronavírus deve ficar pronta?
Definir uma previsão precisa sobre a vacina contra o coronavírus é uma tarefa difícil. Apesar dos estudos estarem avançados em muito planeta, projeções de especialistas apontam que encontrar uma fórmula eficaz pode levar de 12 a 18 meses.
Considerando que a vacina criada de forma mais rápida (contra a caxumba) levou cerca de 4 anos para ficar pronta, a previsão para 2021 pode ser considerada otimista.
Mesmo com uma grande expectativa para encontrar uma vacina, o movimento antivacina já se manifestou na internet contra o desenvolvimento de imunizantes para a COVID-19.
E enquanto a vacina contra o coronavírus não sai?
Mesmo com várias vacinas promissoras sendo desenvolvidas pelo mundo, é muito cedo para considerar a luta contra o coronavírus vencido. Como vimos, o processo de uma vacina é longo e sua eficácia pode levar tempo para ser comprovada, sem contar todo o trabalho de produção e distribuição de doses pelo mundo.
Sendo assim, as medidas de proteção devem ser mantidas. O uso de máscaras e o distanciamento social continuam sendo essenciais para proteger a população até que uma solução definitiva seja encontrada.
E lembre-se: em caso de febre, tosse, dificuldade para respirar, dentre outros, entre em contato com o atendimento de sua operadora de plano de saúde.
Você conhece alguém que também quer saber como andam os estudos para a vacina contra o novo coronavírus? Então, compartilhe esse artigo agora mesmo!