Durante muitos anos, considerou-se que a fadiga crônica era uma condição baseada em fatores puramente psicológicos, com o passar do tempo esse entendimento foi aos poucos perdendo força, isso por que todas as terapias focadas apenas no aspecto psicológico fracassaram.
Recentemente uma pesquisa feita pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, identificou alterações imunológicas em diversos pacientes diagnosticados com a síndrome da fadiga crônica ou encefalomielite miálgica (EM) que trazem claras evidências de origem biológica da doença.
A pesquisa mostra uma mudança não apenas na compreensão da doença, mas principalmente na maneira como era tratada por médicos e especialista.
Conforme declara a autora do estudo e professora de epidemiologia, Mady Hornig, “agora é possível trazer provas concretas que confirmam o que milhões de pessoas com este problema já sabiam: a Síndrome da Fadiga Crônica não é psicológica”.
O que é afinal a Síndrome da Fadiga Crônica?
A doença é caracteriza pela fadiga extrema, da qual não é possível ser determinada e explicada por nenhuma condição médica subjacente.
Médicos e cientistas não sabem definir exatamente quais são as origens e causas da síndrome da fadiga crônica, muitas são as teses – vão desde infecções virais até estresse psicológico. Uma das hipóteses mais aceitas para definir suas origens é de que uma combinação de fatores possam estar envolvidos na sua causa.
Entre os principais fatores já identificados estão, infecções virais, problemas no sistema imunológico, desequilíbrios hormonais.
Na pesquisa mencionada acima foram determinados nos níveis de 51 biomarcadores imunológicos em 298 amostras sanguíneas de pacientes com a síndrome. Foi descoberto que, em pacientes diagnosticados havia altas quantidades de diferentes moléculas conhecidas como citocinas.
Alguns fatores de risco
Embora as causas ainda serem pouco esclarecidas para os médicos, alguns fatores determinam e sinalizam a ocorrência da doença.
Idade – Estudos e análises indicam que a fadiga crônica pode ocorrer em qualquer idade, porém ela é mais comum nas pessoas entre 40 e 50 anos de idade.
Sexo – Foi evidenciado também que as mulheres são mais comumente afetadas pela síndrome. Os médicos entretanto não sabem exatamente as razões para isso.
Estresse – Uma grande carga de estresse na rotina diária, principalmente no trabalho e nas relações pessoais, podem estar envolvidas na ocorrência da síndrome.
Alguns sintomas muito próprios da Síndrome foram registrados, o principal sintoma evidentemente é a própria fadiga extrema, dentre este conheça outros:
– Exaustão extrema com duração prolongada;
– Sonolência constante;
– Dor de cabeço intermitente;
– Dor nas articulações;
– Dor muscular;
– Aumento de gânglios linfáticos do pescoço e axilas;
– Garganta inflamada;
– Perda de memória e falta de concentração;
A síndrome da fadiga crônica é um estado semelhante ao da gripe, por isso o seu diagnóstico torna-se muito difícil, demanda maior investigação e acompanhamento de um médico.
Utilize seu plano de saúde e procure um médico para avaliação.