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Racismo faz mal à Saúde

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Racismo faz mal à saúde

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Conheça alguns efeitos desse tipo preconceito

O ano é 2020 e ainda existe a necessidade de alertar sobre os riscos do racismo. Esse triste retrato de uma sociedade com muitos preconceitos alerta para algo que nem todos queiram admitir: racismo faz mal à saúde – em níveis maiores do que muita gente pode imaginar.

 Não bastassem os problemas e obstáculos sociais que precisam enfrentar desde a infância, a Vicência diária do racismo influencia diretamente na saúde física e mental da população negra.

Efeitos do preconceito na saúde dos negros

            Estudos realizados em vários países apontam que o racismo está diretamente ligado a doenças muito comuns entre a população negra. Entre elas estão problemas cardiovasculares, depressão e ansiedade.

Mas, como isso é possível?

Quando olhamos para a população mais carente do Brasil, vemos, em sua maioria, negros. A discriminação e a falta de recursos dificultam o acesso a uma saúde de qualidade. Com isso, o impacto de doenças simples de serem tratadas causam um impacto muito maior.

Além disso, existe o desconforto e o receio de receber um tratamento indiferente durante as consultas. A Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 mostra que 13,6% dos brasileiros que já discriminados por profissionais da saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), alegarem viés racial, ou seja, racismo.

Não é à toa que no ano de 2014 o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República lançaram, pela primeira vez, uma campanha contra o racismo voltada para profissionais e paciente do SUS.

Na ocasião, o governo divulgou dados que indicavam que o número de morte de mães ao darem à luz no SUS era de 60%, contra 34% entre as brancas. A mortalidade também é maior entre crianças negras, na primeira semana de vida 47% contra 36% de crianças brancas.

O racismo e as doenças físicas

            Resultados de um estudo norte-americano, mostram que as pessoas discriminadas pela cor da pele possuem maior chance de sofrerem com falência renal. 20% dos voluntários estudados que relataram sofrer com o racismo e apresentaram maior pressão arterial que os demais.

            Os afro-americanos sofrem três vezes mais de insuficiência renal do que os brancos. Eles também são grande parte dos pacientes em diálise por insuficiência renal dos Estados Unidos.

            Outro problema comum causado pelo racismo é a hipertensão, como mostrou um estudo do Jornal da Associação Americana de Saúde Pública (AJPH), publicado em 2012. Entre os cinco mil voluntários negros de 35 a 84 anos, 64% das mulheres e 59,7% dos homens eram hipertensos. Mesmo considerando outros fatores além da discriminação, as taxas foram maiores entre os negros do grupo.

            As vítimas de racismo tendem a ter um organismo com maior tendência a inflamações, o que eleva os riscos de uma série de doenças crônicas. Estudos americanos [mostram que a inflamação ocorre como uma resposta a situações estressantes que são presentes na rotina de muitos negros, como o racismo.

O racismo e as doenças mentais

            Além da depressão, o racismo é capaz de causar outras doenças mentais entre a população negra. Um estudo holandês de 2013 testou um grupo de 4800 voluntários divididos entre os que já sofreram preconceito racial e os que não. Apesar do resultado negativo para doenças mentais, os discriminados eram os mais propensos a desenvolver sintoma psicóticos nos anos seguintes.

            O estresse pós-traumático também acomete negros que sofreram racismo: eles sentem de forma mais severa o estresse pós-traumático quando comparados a outros grupos étnicos. Aliás, outras minorias também podem sofrer efeitos similares do preconceito.

Dados que falam por si

            No Brasil os números não mentem: os negros são os mais afetados por doenças mentais e físicas, além de serem maior quantidade de vítimas de outras estatísticas. No atual cenário da pandemia da COVID-19, eles também são o grupo que mais sofre com o coronavírus. Pessoas pretas encaram um risco 62% maior de morrer pela doença.

            A diabetes também pode ser citada como exemplo, já que atinge 50% mais mulheres negras do que brancas. No contexto da Aids, dados do ano de 2015 mostram que 59% das mortes ocasionadas pela doença foram entre pessoas negras.

            Lidar com preconceito, dificuldade de acesso e violência cotidianamente é um peso muito grande para essa parte da população. Outro dado preocupante do Ministério da Saúde e Universidade de Brasília (UnB), mostra que entre cada dez jovens que cometem suicídio no Brasil, seis são negros.

            Dados do Atlas da Violência, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que, em 2017, 66% das 4936 mulheres assassinadas eram negras. Quando o recorte é a violência doméstica, elas também são à maioria (59,4%).

E a violência segue presente em vários sentidos. No mesmo ano, negros representavam 75% das vítimas de homicídios no país.

A solução é combater o racismo

            A pauta do racismo precisa ser levada a sério, discutida e gerar ações para combater esse tipo de estatísticas negativas. Como vimos, o racismo faz mal para a saúde da população negra mundial e atitudes devem ser tomadas, principalmente entre os não negros.

            Pesquisar e falar abertamente sobre o racismo é essencial para que as pessoas entendam a gravidade da situação e reconheçam que o problema realmente existe.

            Repensar alguns hábitos e criar novos pode ser um caminho contra o racismo, num sentido contrário à estereotipagem da população negra. Confira alguns pontos que podem auxiliar nesse processo:

  • Não se cale diante de situações racistas – mesmo se o racista for uma pessoa próxima, como amigo e familiar.
  • Do ponto de vista cultural, livros, músicas e filmes de autorias negras estão por aí também. Procure conhece-los.
  • Falta diversidade no seu trabalho? Contrate e indique, sempre que possível, profissionais negros para trabalhar na sua equipe
  • Racismo não é piada – muito pelo contrário, inclusive: é crime!
  • Muitos termos racistas fazem parte do vocabulário do brasileiro. Procure conhecer quais são e excluí-los de sua prática.

E lembre-se: para estar sempre atualizado sobre os principais assuntos da área de saúde e planos assistenciais, visite sempre nosso blog.