Conheça mais sobre essa modalidade de parto

Ao descobrir a gravidez, muitas das perguntas que surgem para as futuras mamães são referentes ao momento do parto: como vai ser? Qual a melhor modalidade? Principalmente para as mães de primeira viagem, o assunto gera questionamentos e ansiedade, principalmente por falta de conhecimento sobre vantagens e desvantagens entre os tipos de parto. No Brasil, a cesariana é o tipo mais realizado no sistema privado de saúde. Você sabe o motivo? Continue a leitura e saiba mais.

O que é parto cesárea?

O parto cesárea é uma cirurgia realizada por meio de um corte na região abdominal. É um procedimento muito comum e indicado, principalmente, em situações onde a saúde e bem-estar da mãe e/ou do bebê podem estar comprometidos. Nesses casos, a opção pelo parto normal pode trazer riscos até mesmo às vidas.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o número de partos cesárea têm crescido em todo mundo: uma a cada cinco crianças nasce dessa forma; e o número deve crescer ainda mais nos próximos anos.

As taxas crescentes sugerem um aumento no número de procedimentos desnecessários e potencialmente prejudiciais. Por isso, o acompanhamento pré-natal é indispensável para manter a mamãe segura. Com as informações corretas, ela poderá tomar as melhores decisões com relação ao seu corpo e à vida do bebê que está sendo gestado.

Quando o parto cesárea é indicado?

A indicação do parto cesárea pode ocorrer em diversas situações, sempre priorizando a saúde da mãe e do bebê. Alguns motivos que podem levar ao parto cesárea são: risco de ruptura do útero, infecções transmissíveis ao bebê durante o parto normal, deslocamento da placenta, contaminação da mãe com doenças como HIV e herpes genital, mal posicionamento do feto e diabete gestacional, por exemplo.

Causas relacionadas ao bebê que podem levar à indicação do parto cesárea são a alteração ou diminuição dos batimentos cardíacos, mal formação ou vitalidade comprometida. As cesarianas podem ser essenciais em situações como trabalho de parto prolongado ou obstruído, sofrimento fetal ou porque o bebê está se apresentando em uma posição anormal.

Benefícios da cesariana

Como mencionamos, o maior benefício da cesariana é diminuir os riscos à saúde para mamãe e bebê. Cesáreas podem salvar vidas.

Outra vantagem é que, por se tratar de evento planejado, toda a família consegue se organizar para o grande dia. Mais que isso, a partir da definição da data é possível dar andamento a questões burocráticas, tais como licenças paternidade ou maternidade e solicitação de férias. Além disso, em muitos casos, geralmente nas maternidades particulares, possível que a família assista ao procedimento, facilidade que costuma agradar a todos.

As mamães preferem a cesárea também pelo fato de não haver dor durante a cirurgia. A ideia das “dores de parto” muitas vezes assusta as gestantes que preferem a alternativa cirúrgica. 

Como é a recuperação do parto cesárea?

O tempo e a forma de recuperação variam de mulher para mulher. Há mulheres que já conseguem se levantar horas após o procedimento, enquanto outras necessitam de mais tempo de recuperação. Em todo caso, a cesárea exige uma média de 6 meses para a mulher se recompor integralmente.

Logo após o procedimento, é comum que a mulher sinta dor e desconforto, necessitando de auxílio para realizar tarefas básicas como deitar, levantar, amamentar etc.

Após o parto cesárea, mamãe pode permanecer de 3 a 5 dias no hospital antes de ser liberada e retornar para casa com o seu bebê. Essa liberação só é realizada depois que o médico constata que tanto a mãe quanto a criança estão saudáveis para deixar o ambiente hospitalar.

Marcação da cesárea: como funciona?

É muito comum que essa cirurgia seja marcada, considerando-se as agendas dos médicos e das gestantes. Apesar disso, é importante considerar que nas situações onde não há indicação médica explícita, em muitos casos, acaba se antecipando o nascimento da criança ou desgastando a gestante que se esforça fora do trabalho de parto.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, (ANS), o bebê está pronto para nascer com 40 a 42 semanas. Contudo, no Brasil, o maior percentual de cesáreas (37,29%) acontece entre a 37a e a 38a semanas. Em artigo publicado em 2023, a agência também informa que os bebês nascidos abaixo de 39 semanas têm mais chances de apresentar incapacidade de manutenção da temperatura corporal, imaturidade pulmonar e maior dificuldade de sucção do leite materno.

Neste sentido, é importante ter em mente a importância de respeitar as fases da gestação e lembrar dos benefícios que o parto normal oferece, como menor risco de complicações para a mãe e o bebê, além de não haver a necessidade de se correr, desnecessariamente, os riscos que uma cirurgia apresenta.

A cesariana consta no Rol Mínimo de Procedimentos da ANS e por isso deve ser coberta por todos os planos. Da mesma forma, as consultas com ginecologistas-obstetras também estão dentro da cobertura. Apesar disso, a abrangência territorial do plano e formação da rede variam conforme a operadora de plano de saúde. Assim, caso a mamãe deseje algum hospital ou corpo clínico específico, é bom ficar atenta na hora de escolher o plano. Um corretor capacitado consegue orientar a família sobre todos esses detalhes fundamentais.

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