Pelo menos 100 dos 645 municípios paulistas vivem hoje uma condição epidêmica de dengue. Estes dados foram divulgados pelo Governo do Estado de São Paulo. A linha da pesquisa seguiu os critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde – OMS, nestas cidades já são mais de um caso para cada 334 habitantes ou mais de 300 para cada 100 mil habitantes.
O Estado de São Paulo, somente no período de janeiro, já registra quase metade de todos os casos de dengue registrados durante todo o ano de 2014.
Somente na cidade de São Paulo já foram contabilizados 4.436 casos de dengue nas primeiras semanas do ano, no período entre 4 de janeiro a 14 de março foram 15.789 casos notificados. Os bairros mais críticos na cidade
são Freguesia do Ó, Vila Brasilândia, Jardim Ângela e Jaraguá
A dengue é uma doença sazonal, ou seja, sua incidência é expressivamente aumentada no período do verão devido à maior ocorrência de chuvas e aumento da temperatura. Apesar disso, o país possui condições climáticas, ambientais e estruturais favoráveis à proliferação do mosquito durante todo o ano.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença causada por um vírus e é considerada um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. O principal transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, muito comum em áreas tropicais e subtropicais onde as temperaturas são favoráveis. A transmissão da dengue raramente ocorre em regiões onde as temperaturas estão abaixo dos 16°, a temperatura mais propícia gira em torno de 30° a 32°
Uma pesquisa também divulgada pela Organização Mundial de Saúde – OMS, revela que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectam anualmente com a dengue em mais de 100 países por todos os continentes, destes 550 mil doentes necessitam ser hospitalizados e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.
O mosquito da dengue é apenas hospedeiro e transmissão do vírus, o contágio no ser humano se dá após um período de 10 a 14 dias depois de picar alguém contaminado.
Ciclo de transmissão.
A fêmea do mosquito deposita seus ovos em locais e recipientes com água. Após saírem dos ovos as larvas vivem na água por aproximadamente uma semana para depois transformar-se em mosquitos adultos, prontos para picar pessoas. O mosquito Aedes aegypti procria numa velocidade excepcional e o período de vida dura em média 45 dias.
Uma vez que o individuo foi picado pelo mosquito contaminado, a doença pode manifestar entre seis e sete dias.
Os ovos que carregam o embrião do mosquito da dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes.
A fêmea do mosquito da dengue tem a capacidade de voar até mil metros de distância de seus ovos. Dessa forma os
Sintomas
Os sintomas da dengue podem estar caracterizados em duas categorias dengue clássica e dengue hemorrágica.
Os sintomas gerais da dengue podem durar entre 5 a 7 dias. Os princípais sintoma da dengue clássica são:
Dores de cabeça
Febre alta
Dor nos olhos
Perda de apetite e paladar
Manchas e erupções na pele
Tontura
Náuseas e vômitos
Cansaço
Dores no corpo, especialmente nos ossos e articulações
Na dengue hemorrágica os sintomas são basicamente os mesmos, a única diferença é que a febre pode diminuir a partir do terceiro dia da doença e começam a surgir manchas em função de hemorragia e sangramento de vasos na pele e também em órgãos internos do corpo. Os sintomas nesse estágio podem ser:
Vômitos persistentes
Dores abdominais muito fortes
Pele fria e pálida
Sangramento no nariz, boca e gengiva
Manchas avermelhadas na pele
Sonolência e agitação
Confusão mental
Boca seca e sede excessiva
Queda de pressão arterial
Dificuldade respiratória
A dengue hemorrágica, também conhecida como síndrome do choque de dengue, quando não devidamente tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas.