Reuniram-se nesta terça-feira (24/05), no Rio de Janeiro, em evento organizado pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, diversos gestores e profissionais de saúde para discutir novas formas de prestação de serviços. As prioridades versam em três linhas específicas de atenção: cuidado ao idoso, oncologia e odontologia.
No que se refere ao cuidado ao idoso, foi apresentado um dos projetos que já está sendo desenvolvido com foco na saúde do idoso.
O projeto “Idoso Bem Cuidado” que faz parte da publicação “Idosos na Saúde Suplementar é uma urgência para a saúde da sociedade e para a sustentabilidade do setor”. O livro foi pensado a partir da necessidade de melhorar o cuidado aos idosos que possuem planos de saúde e contou com a participação de vários especialistas e estudiosos do tema, resultando em conjunto de reflexões, experiências e proposições.
Uma das perguntas centrais do projeto é: “é possível, no Brasil, envelhecer com saúde e qualidade de vida? Viver mais já é uma realidade e será mais ainda nos próximos anos. Mas também deve fazer parte desta conquista a possibilidade de os cidadãos usufruírem destes anos a mais com capacidade funcional, saúde e qualidade de vida”. Para os organizadores é possível sim reorientar a atenção à saúde da população idosa e construir uma organização no setor que permita melhores resultados assistenciais e econômico-financeiros.
Alguns números sobre o envelhecimento populacional revelam que os brasileiros com 60 anos ou mais representam aproximadamente 11% do total da população. Estima-se que esse contingente alcance o patamar de 30% em 2050.
A participação da população idosa na saúde suplementar é bastante expressiva, especialmente entre as mulheres, as quais apresentam uma participação relativa superior à observada para o total da população. Dos cerca de 50 milhões de vínculos de beneficiários a planos privados de assistência médica no Brasil, 12,5% referem-se a pessoas com 60 anos ou mais.
Outro dado importante é sobre a movimentação dos idosos beneficiários de planos de saúde, estes apresenta um potencial para o aumento dos gastos do sistema em função das especificidades do próprio processo de envelhecimento, que apresenta características de morbimortalidade distintas dos demais grupos etários da população, em função da maior prevalência de doenças crônicas que demandem acompanhamento de longa duração por profissionais da área de saúde.
No Brasil, estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que o número de pessoas com idade superior a 60 anos deve aumentar em torno de cinco pontos percentuais nos próximos 30 anos.
Idoso e oncologia
Para essa linha de cuidado, as medidas propostas estão assentadas em quatro eixos: diagnóstico precoce, com estímulo a ações de promoção, prevenção e realização de busca ativa; continuidade entre o diagnóstico e o tratamento; tratamento mais adequado e em tempo oportuno, com a inserção da figura do navegador, para garantir que o paciente com suspeita ou diagnóstico de câncer consiga seguir o percurso ideal para o cuidado; e pós-tratamento e outros níveis de atenção (cuidados paliativos).
Os resultados desejados, com o novo modelo, são um diagnóstico mais preciso da situação atual do cuidado oncológico, estímulo à adoção de boas práticas no cuidado ambulatorial e hospitalar, e necessidade de melhorias nos indicadores de qualidade da atenção oncológica na saúde suplementar.
Para aprimorar o rastreamento de cânceres passíveis de detecção precoce, está sendo proposta a realização de estudo que permita à operadora e ao prestador medir o número de exames esperados em sua população, a identificação do caminho a ser percorrido pelo paciente após a suspeita de câncer e a definição de indicadores de monitoramento do acesso, da qualidade e do nível de coordenação do cuidado.
Em relação ao diagnóstico, é necessário que sejam estabelecidos rotinas e requisitos mínimos de qualidade, com a definição das condições ideais para que seja bem feito, de forma a garantir o tratamento apropriado e oportuno, baseados em protocolos terapêuticos e nas melhores práticas disponíveis.
Para saber mais sobre o projeto “Idoso Bem Cuidado” acesse o material exclusivo da ANS, basta CLICAR AQUI.