Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com base em dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revelou que os planos de saúde médico-hospitalares encerraram o mês de junho com 50,5 milhões de vínculos, esse número representa um aumento de 1% na variação de 12 meses, e estabilidade (0%), em comparação ao trimestre anterior.
Este índice revela o que a ANS já vem sinalizando, o mercado de planos de saúde não estão sofrendo os impactos da crise financeira. A análise talvez seja precoce, porém, os usuários de planos de saúde estão mais satisfeitos com os serviços oferecidos. O IESS publicou também, no dia 06/08, uma pesquisa realizada pelo Datafolha onde constata que 85% dos beneficiários de planos de saúde, das oito regiões metropolitanas do País, estão satisfeitos com os serviços e pretendem continuar com seus planos atuais.
A pesquisa mostra ainda que o terceiro maior desejo dos brasileiros das áreas pesquisadas é contar com a cobertura e a proteção de um plano de saúde, o desejo fica atrás somente da casa própria e da educação.
De acordo com o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, a fidelidade dos beneficiários é um importante indicativo de qualidade dos serviços prestados pelas operadoras. “O setor de saúde suplementar é bastante competitivo e pulverizado. Se o beneficiário quer manter o plano
atual, uma das razões, certamente, é que ele está sendo bem atendido por seu plano”, avalia.
A pesquisa Datafolha ouviu, em fevereiro, 3,32 mil pessoas, entre beneficiários e não beneficiários, em oito regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Brasília e Manaus). A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
De acordo com a pesquisa 90% dos usuários consideram “muito bom ou bom” o atendimento dado durante os exames, 86% aprovam o atendimento das consultas e 87% o atendimento dado durante as internações.
Os índices positivos foram maiores na Região Metropolitana de Porto Alegre, 95% para o atendimento de exames e de consultas médicas, e 97% para o atendimento dado durante as internações.
Um outro aspecto importante divulgado pela pesquisa é sobre a segurança em se ter um plano de saúde, neste quesito 96% dos entrevistados “concordam totalmente ou em parte” que “quem conta com um plano de saúde tem mais segurança, no caso de doença ou acidente”, o mesmo índice de para as frases de que o plano “é essencial” e “é essencial para quem tem filhos pequenos”. Dentro os entrevistados, 92% concordam que quem tem plano “é atendido quando precisa” e 91% também concordam que os planos oferecem “atendimento de melhor qualidade”.
Sobre os principais motivos para se ter ou desejar um plano, a pesquisa revela que, entre aqueles que não contam com o benefício, 47% destacam a qualidade do atendimento oferecida pelos planos de saúde; 39% considera que a saúde pública é precária e o cidadão não quer depender do SUS; e 18% afirma buscar por segurança, para sentir-se tranquilo em caso de doença.
O IESS ressalta que os resultados revelados na pesquisa é um forte indicativo para o crescimento da saúde suplementar no Brasil nos próximos anos. “Menos de 25% da população brasileira contava com esse benefício no fim do ano passado. Os resultados comprovam que os planos são essenciais e o brasileiro esta cada vez mais valorizando esse benefício”. Prova disso é que 80% dos entrevistados manifestaram “concordar plenamente” com a afirmação de que “o plano de saúde é essencial”.
Um outro aspecto no aumento dos números de novos beneficiários e os resultados na avaliação positiva, são os crescentes incentivos na saúde suplementar. A ANS, agência que regula os planos de saúde no Brasil, vem desempenhando políticas e ações de incentivos a qualidade e novos incentivos para programas de qualidade e ampliação dos serviços e redes de serviços.
Os principais resultados da pesquisa estão disponíveis para consulta em www.iess.org.br