Obesidade em tempos de quarentena: é possível não engordar. Entenda como.
Por acaso você tem a impressão de estar comendo mais nesse período de quarentena? Está com dificuldade de manter uma rotina de atividades físicas? Se respondeu “sim” a alguma dessas perguntas, não se preocupe. O mundo todo está assim: em quarentena e buscando adaptação. Por isso, uma das dúvidas que mais incomodam é: será que esse período pode levar à obesidade ou agravá-la? Se você também quer saber, continue a leitura e contamos tudo para você!
O que fazer para combater a obesidade?
Nesses dias em que a permanência em casa é sinônimo de responsabilidade e preservação da saúde, os cuidados com os hábitos devem ser redobrados. Só que não é tão simples assim, certo? Ainda mais em um momento de mudanças tão abruptas quando, como se não bastasse, precisamos reduzir as idas ao mercado – o que pode estimular a prática da estocagem desnecessária de comida. Será que, para não engordar, agora é o momento de radicalizar nas dietas?
Em resposta a essa pergunta, podemos dizer que, segundo nutricionistas, esse período não é indicado para começar dietas muito restritivas. O motivo? Em geral, no início uma dieta mais radical o nível de estresse pode aumentar e, em alguns casos, até mesmo afetar a imunidade temporariamente.
Bem, mas se é assim…
O que comer na quarentena para evitar a obesidade?
Uma série de hábitos e alimentos podem ser incorporados à sua rotina. A seguir, listamos alguns que podem ajudar a deixar esse período mais leve. Mas lembre-se: eles não substituem a orientação profissional de nutricionistas ou médicos.
- Preste atenção ao que estiver comendo: quantidade, tipo de alimento, se está com fome ou apenas com uma vontade excessiva. O simples fato de parar para observar já pode ajudar a diminuir o consumo desnecessário.
- Beba muita água para manter a hidratação.
- Aumente a ingestão de frutas, especialmente as amarelas, que podem ajudar com a imunidade.
- Evite alimentos industrializados, pois contêm muito açúcar, sal e gordura que, para muitas pessoas, são gatilhos para comer ainda mais.
- Aproveite o período para desenvolver ou aprimorar o hábito de cozinhar suas próprias refeições. Faz bem para o corpo e para a alma.
- Se viver com crianças, estimule-as também a preparar alguns pratos. Sovar pão, por exemplo, é uma atividade que entretém e diverte. Além disso, contribui para diminuir consumo de um alimento industrializado.
- Chocolate com mais de 70% de cacau pode ajudar a diminuir a ansiedade.
Exercício físico e obesidade na quarentena
Ninguém sabe ao certo quanto tempo deve durar o período de isolamento nem como será a vida depois dele. Porém, não sair casa pode ser um convite ao sedentarismo e, com isso, ao aumento de peso. Pode, mas não deve. Por isso, várias entidades têm-se dedicado a orientar a população sobre práticas saudáveis.
Quatro delas elaboraram um documento bastante esclarecedor a respeito do tema. As entidades são: Comissão Temporária de Endocrinologia do Exercício e Esporte da SBEM Nacional (CTEEE); Departamento de Atividade Física da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica); Departamento do Exercício e Esporte da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes); e Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. As dicas a seguir são uma adaptação do conteúdo do documento.
O exercício físico regular é um grande reforço para a sua imunidade. Se já pratica, procure adaptar à nova rotina. Se ainda não, aproveite esse momento para criar um hábito saudável que pode, inclusive, envolver toda a família. Separamos algumas dicas que sem dúvida colaboram para o controle da obesidade durante a quarentena:
– Mantenha a forma realizando alguns exercícios em casa. Há vários tutoriais online com dicas e vídeos.
– Tudo pode ajudar: use esteira, bicicleta, pule corda ou dance (sozinho ou com a família).
– Tente os exercícios que utilizam apenas o peso do próprio corpo.
– Se preferir, utilize acessórios como halteres, ou adapte seus próprios pesos com elásticos, garrafas PET cheias de areia ou água, ou ainda sacos de alimentos como arroz ou feijão.
– Em alguns lugares, exercícios ao ar livre são permitidos. Nesse caso, mantenha a distância social de aproximadamente 1,5m.
Para acessar o documento na íntegra, CLIQUE AQUI
Obesidade e Plano de Saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em pesquisa realizada em 2017, informa que mais da metade da população do Brasil está acima do peso. Mas a obesidade não se apresenta sozinha, ela geralmente vem acompanhada de outras comorbidades. São exemplos: diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia (colesterol alto) e tantas outras. Esse cenário é bastante sério, considerado um problema de saúde pública.
Todos os planos de saúde devem contar com profissionais capazes atender pacientes com esse problema.
Se você tem dúvida sobre estar ou não acima do peso ou se deseja tratar da obesidade, é fundamental procurar orientação profissional. Antes de ir ao médico, porém, uma sugestão é calcular seu índice de massa corporal (IMC). Ele é capaz de indicar se você está abaixo, acima ou dentro do peso ideal. Esse índice é obtido dividindo-se o seu peso pelo valor de sua altura ao quadrado. Assim, por exemplo, para uma pessoa de 80 kg que mede 1,65 m, o IMC é de 29,384:
1, 65 X 1,65 = 2,7225
80 / 2,7225 = 29,384
São consideradas com excesso de peso pessoas cujo IMC é igual ou acima de 25, e obesas as que possuem IMC igual ou acima de 30. Assim, em nosso exemplo, a pessoa está acima do peso.
Em geral, os tratamentos começam com uma conversa com o médico (clínico, ginecologista, endocrinologista ou outros). Nessa consulta, o paciente responde a algumas perguntas e é possível que o médico solicite alguns exames simples. Para não esquecer, anote as perguntas que gostaria de fazer ao médico e não saia do consultório com dúvidas. A partir daí, os critérios de tratamento serão definidos, podendo chegar, inclusive, após determinado período, à indicação para cirurgia.
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