A enxaqueca, embora seja vista por muitos como uma simples ou persistente dor de cabeça é considerado um distúrbio neurovascular crônico e incapacitante, responsável por uma média de 4 dias de trabalho perdidos por ano nas pessoas acometidas.
A enxaqueca que também é conhecida por migrânea, possui principalmente fatores biológicos e genéticos.
Esse tipo de cefaleia pode acometer pessoas em qualquer idade, entretanto costuma ser mais frequente em adolescentes e adultos jovens, afeta mais as mulheres do que os homens.
O distúrbio pode estar presente em várias condições, muito comum em mulheres, em mulheres grávidas, em crianças. Porém, estima-se que as mulheres são sim as principais vitimas, 2 a 3 vezes mais do que os homens. No Brasil 20% das mulheres tem enxaqueca, o que se deve principalmente, nestes casos, a fatores genéticos, hormonais e ambientais.
A enxaqueca é ainda uma doença pouco diagnosticada, muitas pessoas são acometidas, mas não sabem, por isso não recebem tratamento adequado para as suas dores de cabeça.
Sintomas
Os principais sintomas da enxaqueca são dor de cabeça geralmente do tipo pulsante, latejante; tipicamente de um lado da cabeça, acompanhadas de náuseas, às vezes vomito, e sensibilidade à luz e som.
A enxaqueca pode muitas vezes ser precedida ou acompanhada pela aura, classificada como uma alteração na vista, pontos escuros, perda visual, linhas em zig zag, que duram de 5 a 60 minutos. Pode ainda apresentar sintomas como tontura, cansaço, irritabilidade, dor no corpo, dor na cervical, dor na nuca e no pescoço.
Causas
São diversas as causas da enxaqueca, normalmente multifatoriais com aspectos genéticos, hormonais nas mulheres, comportamentais e ambientais. Entretanto, sabe-se que existem alguns gatilhos que podem desencadear, tais como: jejum prolongado, estresse, insônia, chocolate, queijos fortes, embutidos, consumo excessivo de café e de bebidas alcoólicas, fumo, perfumes fortes e açúcar.
Tratamento
O tratamento da enxaqueca tem o objetivo de suprimir os sintomas e evitar o aparecimento de novos. É normalmente dividido em tratamento preventivo, que busca evitar o surgimento da dor, e o tratamento agudo, focado na crise de cefaleia. Os tratamentos podem ser medicamentosos
ou não medicamentosos por meio de terapias alternativas.
Nos casos de crises agudas, os analgésicos comuns, eventualmente associados a outras drogas prescritas pelo médico, podem representar uma solução eficaz contra a crise de dor. Os pacientes que não respondem bem a esse tratamento considerado mais terapêutico, podem recorrer a outros medicamentos com mecanismos mais específicos de ação.
Atenção: O uso frequente e repetido de analgésicos, sem um devido acompanhamento médico, pode resultar num efeito rebote cujo resultado é o agravamento dos sintomas.
Estudos indicam e já comprovam que o estilo de vida pode evitar os gatilhos que disparam as crises de enxaqueca, nisso fica comprovado que o distúrbio tem fortes influência do estilo comportamental das pessoas. Recomenda-se que a pessoas tenham sempre uma alimentação equilibrada, sono regular, prática de exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína, controle nos níveis de estresse.
Especialistas no tratamento da enxaqueca dão ainda às seguintes recomendações:
– Não pular refeições;
– Evitar alimentos e bebidas que possam provocar ataques de enxaqueca;
– Estabelecer horário para ir dormir e acordar;
– Reservar tempo para lazer. Relaxar é um dos principais fatores contra a enxaqueca.
É fundamental consultar um médico no caso de dores de cabeça frequentes, elas podem estar associadas a outros fatores que podem inclusive trazer riscos permanentes à saúde e a vida.