Anualmente, no 1º de Dezembro, dia Internacional da Luta contra a AIDS, a equipe da Segurar Saúde, prepara uma matéria especial sobre uma das doenças que mais assustou e ainda assusta a população mundial. A AIDS durante décadas foi cercada de mitos e estigmas. Penalizando duplamente os doentes pelo preconceito e pela associação ao promíscuo e ao pecaminoso.
A data em que é comemorada o Dia Mundial de Luta contra a AIDS foi instituída no ano de 1987, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).
Daquele ano, a AIDS começou a ganhar contornos de epidemia mundial e as discussões sobre o assunto precisaram ganhar mais atenção e atuação das instituições de saúde pública. Assim, a data surge com o objetivo de conscientizar a população sobre uma das doenças que mais mata no mundo atualmente. O Dia Internacional de Luta Contra a AIDS, surge especialmente para informar as pessoas sobre os sintomas, perigos e formas de se prevenir da doença, tem também como função, auxiliar no combate contra o preconceito que os portadores de HIV, sofrem na sociedade por causa da doença.
O que é a AIDS e porquê ainda devemos falar sobre ela
Parece redundante anualmente falarmos sobre o mesmo assunto, AIDS, entretanto dados recentes divulgados pela OMS – Organização Mundial de Saúde, revela que o número de infectados pelo HIV tem aumentado entre jovens brasileiros e aponta como uma das razões o enfraquecimento da campanhas de conscientização, por esta razão é importante falarmos sobre os perigos desta doença que já matou milhões de pessoas em todo o mundo.
A título de esclarecimento, a sigla AIDS vem do inglês Acquired immunodefiecience syndrome, que em português significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Uma das principais características do vírus da AIDS (HIV) é a sua capacidade em destruir as células brancas do organismo, responsáveis em proteger e combater doenças no corpo humano.
Uma vez comprometida as defesas do organismo, o corpo fica bastante fragilizado e vulnerável ao ataque de inúmeras doenças, como pneumonias, infecções, herpes e até mesmo alguns tipos de câncer.
A AIDS pode ser transmitida através do contato de fluídos corporais do infectado com o sangue de uma pessoa saudável, por meio de relações sexuais sem preservativo (camisinha), transfusões de sangue ou compartilhamento de seringas e agulhas.
Mais da metade dos infectados não sabem
Recentemente a Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS), divulgou dados sobre o contagio mundial, os dados revelaram que dos 35 milhões de pessoas que vivem com HIV no mundo, 19 milhões não sabem que estão infectados. Embora a entidade tenha alertou que pretende por fim a epidemia da doença por volta de 2030, reconhece que essa meta só será possível se as instituições de saúde ampliarem esforços para acabar com a lacuna de pessoas sem diagnóstico e, consequentemente, sem acesso ao tratamento.
O diagnóstico da UNAIDS revela que na África Subsaariana, quase 90% das pessoas que testaram positivo para HIV buscaram acesso à terapia antirretroviral. Dessas, 76% alcançaram a supressão da carga viral, reduzindo significativamente o risco de transmissão para seus parceiros. Estudos recentes indicam que, para cada 10% de ampliação na cobertura antirretroviral, os casos de novas infecções caem 1%.
O cenário atual do HIV
De acordo com a UNAIDS o número de mortes por Aids diminui mundialmente, entretanto o número de novos casos aumentou assustadoramente.
O número de mortes por HIV no mundo é consequência de esforços globais para aumentar o acesso aos medicamentos antirretrovirais. Em 2013, 2,3 milhões de pessoas passaram a fazer uso da terapia, totalizando 13 milhões de soropositivos em tratamento no mundo. A estimativa é que, atualmente, cerca de 13,9 milhões de pessoas façam uso de antirretrovirais.
Para a UNAIDS atingir a meta de encerrar a epidemia de aids até 2030 significaria desenvolver estratégias para evitar 18 milhões de novas infecções por HIV e 11,2 milhões de mortes entre 2013 e 2030.
Atualmente, 15 países contabilizam mais de 75% dos 2,1 milhões de casos de novas infecções registrados em 2013. Na África Subsaariana, apenas três países – Nigéria, África do Sul e Uganda – somam 48% dos casos de novas infecções no mundo.
Existe ainda um alerta para países como República Democrática do Congo, Indonésia e Sudão do Sul estão “abandonados” em relação ao combate ao HIV, com baixas taxas de cobertura antirretroviral e quedas mínimas ou nulas nos índices de infecção.