O título desta matéria quer dizer exatamente isso, algumas doenças são mais suscetíveis às mulheres do que aos homens, isso se dá por diversas razões como predisposição genética, fatores fisiológicos e até aspectos psicológicos e comportamentais.
Os estudos sobre a saúde da mulher já são
taxativos, elas vivem mais e lidam melhor com a dor. O estereótipo de que a mulher é o sexo frágil já é uma condição superada. Entretanto, algumas doenças que afetam mais as mulheres, ou que são exclusivamente femininas, merecem atenção especial.
O fato de as mulheres lidarem melhor com a dor, pode ser justificada pelo que aponta o neurocirurgião funcional especialista em dor, Claudio Fernandes Corrêa, coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho – “As mulheres acumulam múltiplas tarefas, entre o trabalho fora e as obrigações com a casa e a família, elas seguem suas atividades e responsabilidades com mais naturalidade do que os homens, que costumam esmorecer frente aos processos e situações dolorosas”.
As Doenças mais comuns entre as mulheres
As mulheres são de fato mais saudáveis do que os homens, entretanto, existem doenças que são mais freqüentes entre elas, vejamos:
Fibromialgia – Afeta sete mulheres para cada homem. Trata-se de uma síndrome que causa dores por todo o corpo por longos períodos, além da sesibilidade nas articulações, nos músculos, nos tendões e em outros tecidos moles.
Câncer de Mama – O câncer de mama embora não seja uma doença exclusivamente feminina, pois também acometem os homens, a doença é bem mais frequente em mulheres, apenas 1% dos casos são em homens. O câncer de mama é o segundo tipo mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Um levantamento feito pelo INCA – Instituto Nacional do Câncer, aponta que os números de casos tem aumentado muito nos últimos anos, por isso a prevenção ainda é o melhor remédio.
Osteoporose – A doença tem maior prevalência nas mulheres. Resultante na carência de cálcio nos organismo, a doença atinge 10 milhões de pessoas no Brasil. Muito embora tenha predisposição genética, estima-se que o estilo de vida também pode agravar o problema.
Alzheimer – Pesquisas recentes apontam que a variante genética mais comum associada à doença afeta principalmente as mulheres. Além dessa condição, outros fatores também reflete uma maior incidência entre as mulheres: diferenças na anatomia do cérebro, na redução de volume associado à idade e no processo de metabolismo da glicose. No mundo, aproximadamente 35 milhões convivam com a doença, sendo 1,2 apenas no Brasil. A doença não tem cura, por isso pode chegar a 115 milhões até 2050.
Lupus – A doença ainda é pouco conhecida pela população, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima 65 mil brasileiros tenham a doença, destes, 90% dos casos são mulheres. O lúpus é uma doença auto-imune, ou seja, o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis por engano e, com o tempo, causa danos à pele, articulações e órgãos como fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Quando diagnosticada, é fundamental que a paciente se previna de infecções, que podem deixar o organismo ainda mais vulnerável.
Esclerose Múltipla – doença auto-imune, que afeta o sistema nervoso central e causa inflamação no cérebro e na medula espinhal. A incidência é bem maior entre mulheres brancas e jovens, sendo que os primeiros sintomas aparecem entre os 20 e 40 anos. Apesar de se manifestar em indivíduos que carregam um gene de suscetibilidade, não se trata de uma doença hereditária. Há tratamentos que ajudam a diminuir os sintomas, mas ainda não há cura.
Depressão – Não se sabe exatamente o motivo, mas a depressão atinge mais mulheres do que homens. Estudiosos acreditam que a principal causa seja as condições e as influências hormonais. A depressão pós-parto, por exemplo, atinge cerca de 10% das mães em países desenvolvidos e 20% em países em desenvolvimento.
DSTs – A anatomia do órgão sexual feminino é responsável pelas mulheres serem mais suscetíveis às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). “A mucosa vaginal é muito fina, dessa forma, durante as relações sexuais, sempre há algum grau de fissura da mucosa, o que facilita a entrada de diversos vírus. Além disso, o epitélio vaginal e o colo uterino ficam ‘escondidos’, o acesso a eles só é possível durante um exame ginecológico, assim, qualquer lesão escondida fica mais fácil de progredir. Por isso as mulheres devem ficar mais atentas às DSTs, especialmente ao HIV e ao HPV.
A atenção especial ao público feminino no caso do HPV é que, nas mulheres, as lesões causadas pelo vírus podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, podendo causar câncer. E o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pelo óbito de 275 mil mulheres por ano, de acordo com o Inca.
Para evitar problemas causados pelas DSTs, o principal é se prevenir. E para se prevenir, a melhor atitude é usar proteção. “Usar sempre camisinha, do começo ao fim da relação sexual, e também fazer exames periodicamente.